domingo, 27 de setembro de 2009
O Carater nacional Brasileiro
4) A) Embora distintos e independentes, podem ser reunidos, o racismo e o nacionalismo. No ponto de vista que engloba toda a população, o conceito de raça é destrutivo, dadas a diferença racial existente em todo o mundo. Onde o racismo, antes de ser uma idéia que justifica a conquista de diferentes povos, foi usada para justificar diferenças entre a sociedade.
B) Embora em certos momentos possam reunir-se racismo e nacionalismo são conceitos independentes pois o primeiro apresenta – mesmo quando deformado ideologicamente – um conteúdo biológico, sendo racismo uma tendência do pensamento, ou do modo de pensar em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras. Onde existe a convicção de que alguns indivíduos e sua relação entre características físicas hereditárias, e determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais, são superiores a outros. O racismo não é uma teoria científica, mas um conjunto de opiniões pré concebidas onde a principal função é valorizar as diferenças biológicas entre os seres humanos, em que alguns acreditam ser superiores aos outros de acordo com sua matriz racial. A crença da existência de raças superiores e inferiores foi utilizada muitas vezes para justificar a escravidão, o domínio de determinados povos por outros, e os genocídios que ocorreram durante toda a história da humanidade, enquanto o segundo tem conteudo histórico, cultural e político, sendo o nacionalismo um sentimento de valorização marcado pela aproximação e identificação com uma nação, mais precisamente com o ponto de vista ideológico. Costuma diferenciar-se do patriotismo devido à sua definição mais estreita. O patriotismo é considerado mais uma manifestação de amor aos símbolos do Estado, como o Hino, a Bandeira, suas instituições ou representantes. Já o nacionalismo apresenta uma definição política mais abrangente Por exemplo: da defesa dos interesses da nação antes de quaisquer outros e, sobretudo da sua preservação enquanto entidade, nos campos linguístico, cultural, etc., contra processos de destruição identitária ou transformação. O nacionalismo é uma antiga ideologia moderna: surgiu numa Europa pré-moderna e pós-medieval, a partir da superação da produção e consumo feudais pelo mercado capitalista, com a submissão dos feudos aos estados modernos (ainda absolutistas ou já liberais), com as reformas religiosas protestantes e a contrarreforma católica – fatos históricos estes que permitiram, ou até mais, que produziram o surgimento de culturas diferenciadas por toda a Europa, culturas que, antes, eram conformadas, deformadas e formatadas pelo cristianismo católico, com o apoio da nobreza feudal. De um ponto de vista rigorosamente nacional, isto é, que procure englobar toda a população, o conceito de raça é destrutivo, dadas as evidentes diferenças raciais existentes em todos os países. De forma que o racismo, antes de ser uma ideologia para justificar a conquista de outros povos, foi muitas vezes uma forma de justificar diferenças entre classes sociais.
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