O filme começa no vilarejo de Belém Novo, parte do município de Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul, no extremo Sul do Brasil, nas coordenadas 30°12'47.58"S 51°10'37.85"W, onde um plantador de tomates chamado Hattori Hanzo (Sonny Chiba) - um ser humano; possuidor de polegares opositores; japonês; mais especificamente um ex-samurai que, entre uma cheirada e outra de gatinhos, treinou os porcos nas artes do kung-fu samurai - luta para fazer com que o tomate, rejeitado por Dona Anete (Duas Thurman) – humana; também possuidora de polegares compositores; católica apostólica romana séx XV; dona-de-casa –, que o enviou ao lixo, chegue em segurança à Ilha das Flores, onde pode ser feliz, caso não seja comido por um porco – que não possui polegar opositor.
Após enfrentar varias dificuldades - incluindo uma prova de História feita por Ana Luiza Nunes (Chiaki Kuriyama), e a legião dos 88 Esfomeados liderados por Motherfuka Man (Samuel L. Jackson) -, Hanzo consegue fazer com que o tomate chegue em segurança à ilha, sendo, em seguida, comido por um porco, safado, treinado por Hanzo. Então a vingança, principal tema do filme, é demonstrada, com Hanzo matando o porco ao usar sua técnica secreta – o golpe do polegar compositor – que nunca tinha sido ensinado pra os porcos por que eles não possuíam polegares opositores, ou não.
A idéia do filme é mostrar o absurdo desta situação, seres humanos que, numa escala de prioridade, estão depois dos porcos. Mulheres e crianças que, num tempo determinado de cinco minutos, garantem na sobra dos porcos sua alimentação diária. (...) Ilha das Flores será um falso documentário. Documentário porque todas as informações serão reais. E falso porque vai seguir a trajetória fictícia de um tomate, plantado, colhido, vendido a um supermercado, comprado por uma dona-de-casa, rejeitado na hora de fazer o molho, jogado no lixo, levado para a Ilha das Flores, esquecido pelos porcos e finalmente encontrado por uma criança com fome.
Ilha das Flores X Comercial Yuri
Entre o filme e o comercial Yuri percebemos uma realidade social contraposta; De um lado o ser humano desvalorizado, vivendo à margem de uma burguesia podre, recebendo as deixas de um animal suino, e os restos de conhecimento jogado no lixo por uma estudante e de outro lado, um menino já valorizado desde pequeno pela posição social que ocupa (ou parece ocupar), tendo seu espaço reservado na instituição finaceira por pertencer a um certo "status" na sociedade!
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